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Nuvem híbrida: passo a passo para uma jornada proveitosa

Blog /
Publicado em
October 31, 2017

Um dos primeiros passos de sua jornada para a Nuvem é entender os modelos de entrega do serviço. São elas: Nuvem pública, Nuvem privada e Nuvem híbrida. A última — ambiente de computação que combina características das outras duas, permitindo que os dados e aplicativos sejam compartilhados — é bastante pertinente quanto à sua implementação, tendo por isso apresentado um crescimento considerável nos últimos anos. É, pelo menos, o que acredita  Gartner, que, em um relatório publicado este ano, fez uma previsão de que, até 2020, 90 por cento das organizações adotarão recursos híbridos de gerenciamento de infraestrutura. E esse percentual tende a crescer ainda mais...

Por que considerar a abordagem de Nuvem híbrida?

Por trás de todo esse interesse, existe uma série de vantagens em optar pelo ambiente híbrido. A mais óbvia diz respeito a uma das principais preocupações das equipes de TI: a segurança de dados. O modelo híbrido exclui a necessidade de entregar todos os seus sistemas ou informações para os provedores de Nuvem pública. A habilidade de transferir dados criptografados entre os ambientes torna a arquitetura híbrida bastante atrativa para diferentes mercados e finalidades, como sistemas jurídicos e financeiros. Outra consequência desse modelo de Nuvem diz respeito a arquitetura adotada para os datacenters. As ferramentas de gerenciamento de datacenter já possuem amplo suporte para ambientes desse tipo, independente de quais os fornecedores de Nuvem envolvidos. Ainda, podemos citar algumas das soluções recentes do mercado, como o Azure Stack. Além de permitir criar uma Nuvem privada usando os recursos locais, o Azure Stack facilita bastante a administração de uma Nuvem híbrida, conectando o seu datacenter com o Azure público. Ainda sobre a arquitetura do datacenter, podemos inferir que a adoção da Nuvem híbrida pode ser considerada uma tática eficiente para a redução de gargalos de rede e processamento. Tarefas de rotina do negócio, que são bastante repetitivas, podem ser automatizadas e alocadas em um ambiente de Nuvem pública, ao mesmo tempo em que essas ferramentas podem conversar com os sistemas internos da organização. Isto se torna especialmente interessante em ambientes de TI, que são constantemente pressionados por um aumento da sua performance, entregando ao mesmo tempo uma redução de custos operacionais. Financeiramente, o uso de Nuvem híbrida tem um grande potencial de ROI. O ambiente não apenas permite que as empresas dimensionem recursos de computação, como também exclui a necessidade de grandes despesas para operar picos de demanda de curto prazo,  liberando recursos locais para dados e aplicativos que exijam confidencialidade. Por tudo isso, acredita-se que a Nuvem híbrida reúne o melhor de cada categoria, oferecendo os diversos benefícios do cloud computing (flexibilidade, escalabilidade e eficiências de custo) com o menor risco possível de exposição de dados. Trata-se, portanto, de uma maneira de fundir a segurança de uma Nuvem privada — alocada somente quando envolve assuntos de fatos sigilosos —  com os custos sob demanda da Nuvem pública.

Ratificando, as principais vantagens são:

  • Mais flexibilidade do que as demais abordagens de Nuvem;
  • Melhor desempenho de rede;
  • Melhoria de processos sem grande aumento do custo operacional;
  • Segurança equivalente a Nuvem privada, uma vez que, em ambas, os dados mais importantes ficarão armazenados em Nuvem privada;
  • Maximização do uso de ativos digitais;
  • Melhoria na capacidade de resposta do time de TI.

Ok, integrar é preciso, mas como?

Com essa flexibilidade para atender às diferentes demandas do mundo corporativo e todas as vantagens listadas, não é de se estranhar que a maioria das organizações acabe evoluindo para um ambiente de Nuvem híbrida.Entretanto, vale alertar que tão natural quanto essa transição é o aumento na complexidade da arquitetura de dados. A complexidade vai se tornando mais desafiadora à medida que os mesmos passam a ser alocados em sistemas distintos. É aí que falamos no gerenciamento de Nuvem híbrida, através de um ponto de controle único de serviços de TI para o consumo self-service dos recursos de ambas as abordagens (pública e privada). O ideal é que seja desenvolvida, a partir de um só painel de controle, uma estrutura aberta, flexível, extensível, garantindo que a empresa  recorra aos mesmos processos e ferramentas homogêneas. Outro lembrete importante é a necessidade de um planejamento detalhado — deve incluir processos de manutenção, treinamento, um fluxo de trabalho bem definido e métricas de desempenho — sempre que os registros e sistemas de uma empresa forem migrados para a Nuvem. Dessa forma, gestores de TI poderão acompanhar a eficiência da migração e desenvolver políticas próprias, a fim de eliminar possíveis falhas, reduzir riscos e otimizar recursos do setor. Planejar, portanto, é muito importante, mas não mais — nem menos — do que avaliar. Afinal, para adotar um modelo de Nuvem ou migrar de um para outro, é importante conhecer os equipamentos e as necessidades específicas da organização. Confira os passos para fazer uma melhor jornada para a Nuvem!

Passo a passo, uma melhor jornada

1. Planejamento

  • Avaliação de Infraestrutura: Nesta etapa, é feita a análise do inventário de TI disponível, em todos os seus aspectos. Capacidade de processamento, uso de bancos de dados, memória e storages, assim como outros indicadores de performance também são levados em consideração. Para verificar se a infraestrutura atual está alinhada às demandas, todas as redes — SAN ou TCP/IP — são avaliadas.
  • Capacity Planning: A elaboração de um plano que prevê o consumo de todos os  recursos tecnológicos, bem como do crescimento de usuários da sua base, trazendo maior clareza sobre a necessidade — ou não — de ampliação da infraestrutura para a Nuvem.
  • Análise de Performance: Além de avaliar a sua atual infraestrutura, é necessário também fazer previsões de como será o consumo de seus recursos tecnológicos no futuro. Informações relevantes: crescimento de usuários da sua base, expansão de infraestrutura física e várias outras demandas empurram o crescimento do uso de recursos.

2. Execução

  • Consolidação:  Após a conclusão de todas as análises do datacenter, uma série de práticas e procedimentos podem ser aplicados no ambiente. A virtualização dos ativos, assim como um constante monitoramento dos mesmos, permite a otimização dos seus recursos de TI, assim como facilitar a decisão sobre o é mais indicado ou não de ir para uma Nuvem pública.
  • Desenho da Arquitetura. Este passo leva em consideração, além da performance, os requisitos do negócio para as decisões sobre o que deve ou não ir para a Nuvem pública. Cada negócio possui particularidades, e portanto, precisa de um ambiente de TI sob medida para ele.

3. Manutenção

  • Suporte. É comum a necessidade de suporte para os mais diversos fins, uma vez que os colaboradores trabalham diariamente usando a sua infraestrutura. Também vale ressaltar que, caso os problemas não sejam solucionados — seja por meio do atendimento remoto ou presencial — a força de trabalho pode acabar sendo comprometida.
  • Administração Remota e Local. Um ambiente com gerenciamento inadequado pode trazer os mesmos problemas de um ambiente com recursos insuficientes, e até mesmo prejuízos financeiros significativos. Por isso, é tão importante fazer toda a administração de seus recursos tecnológicos, incluindo servidores, bancos de dados, clusters, storages, redes SAN e TCP/IP, com o uso de ferramentas de monitoração e inventário, dentre outras.

Enfim, como mostramos nesse post, a Nuvem híbrida é uma estratégia bastante eficiente para empresas que desejam seus próximos passos em direção à Nuvem, sem abdicar da segurança e da privacidade de determinadas informações. Trata-se de um processo complexo, que para ser bem-sucedido, deve incluir diversas etapas de planejamento, implementação e monitoramento. Em nossas sessões de webinar, mostramos isso com a ajuda de nosso especialista Richardson Porto, sobre a jornada para a Nuvem pública. Boa parte dos insights destacados no vídeo também valem para a Nuvem híbrida. Confira:

Como disse Ed Anderson, o deslocamento na Nuvem não é apenas sobre a Nuvem. Para o vice-presidente de pesquisa do Gartner, à medida que as organizações buscam novas arquiteturas de TI e filosofias operacionais, elas se preparam para novas oportunidades em negócios digitais, incluindo soluções de TI de próxima geração.

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